segunda-feira, 3 de maio de 2010

Soneto da palavra esquecida


Busco a palavra que serve neste verso
Não é amar, nem noite, nem esperança.
Nem o que lembre mar ou rio perdido
Lago, luar ou solitária dor.
É uma outra que me foge ainda
E que sentado aqui nesse momento
Procuro em vão na noite adormecida
Enquanto no céu corre a lua cheia.
É uma palavra que encerra gestos
Interjeições de espanto e de surpresa
Mas que esqueci talvéz a muito tempo
Significa desespero vão.
Arrependimento de amar cousas partidas
De ser poeta nessa noite plena.

Cauby Cruz

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