Está escuro meus amigos, está barulho, é por isso que quero fugir e tornar-me tão terra, tão água, tão ar quanto eles próprios, coisas e seres naturais.
Não serei mais portador da minha dor, talvez agora eles, os cisnes marcados, possam tomá-las como suas inteiras verdades, verdades medidas na cor, no humor, no pudor desenhado por seus olhos manchados.
Reneguei a essa fortuna, derramei esse passado, abracei o meu destino desvairando aqueles olhos doutrinados a visitação do "self".
Não sei mais buscar riscados no vidro, estou pasmo e cego, sem roupa e calos, não sei mais andar, só simto meu próprio pulsar.
Meu âmago, meu céu esvainescido formou-se na plantação que sonhe, pois o sonho me resta, é meu. Meu caminho - etapa primeiramente vai-se indo, indo, foi... Já posso acordar e sentir a água da chuva ser minha, ser parte com parte formando o chão.
Na parte terceira (re)aprendi a andar, na quarta partícula à (re)falar, na quinta partida foi apenas voar, na sexta viagem queria gritar, agora, na sétima etapa me fiz foi girar.
Saibam que as luzes, suas tampas, suas pernas e pele nada valem sem a distância de ir, ir sonhar, andar, falar, voar e girar na penumbra, pois nem tudo é claridade completa nem o inverno do teto, nem teu chão na imensidão do breu.
Caminho é pedra, é água, á grama. Caminhem!
sábado, 24 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Tempo de Luz
A qual tipo de esperanças podemos nos entregar?
Sei de uma esperança que
havia muito não percebia...
a possibilidade de um tempo todo de luz
que viaja na sabedoria de um passado estrelar.
Sei de uma esperança que
havia muito e não percebia...
se aliava a poesia do olhar
que tangencia ou vive do sentido.
Sei de uma esperança que
havia muito não percebia...
partia de uma surpresa tão desejada
de saber de um sonho que se quer resolvido.
Todos sabemos de uma esperança que
havia muito não percebiamos.
em: 16/04/2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Noite
Insone noite de pouco vento e alguns reflexos
Santifica o sono distante
E descongela um grafite a muito sem cor
Meus dias de inquietude... a distância do querer... de um querer qualquer... seja bom ou ruim... apenas fragmentado com a inércia da própria luz ou da falta dela... por sua existência inquestionável mesmo com a ausência de matéria...
Santificado seja o sono
De um anjo que desapareceu
Em: 03.04.2010
Santifica o sono distante
E descongela um grafite a muito sem cor
Meus dias de inquietude... a distância do querer... de um querer qualquer... seja bom ou ruim... apenas fragmentado com a inércia da própria luz ou da falta dela... por sua existência inquestionável mesmo com a ausência de matéria...
Santificado seja o sono
De um anjo que desapareceu
Em: 03.04.2010
domingo, 4 de abril de 2010
Negra
Parte gota a gota
uma alegria negra
de pelos curtos
e caça prima.
Parte gota a gota
uma alegria negra
de olhos verdes
e vida atenta.
Negra alegria
uma parte
gota a gota.
uma alegria negra
de pelos curtos
e caça prima.
Parte gota a gota
uma alegria negra
de olhos verdes
e vida atenta.
Negra alegria
uma parte
gota a gota.
em: 04.04.2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Espelho Marcado
Minha sombra metade
de lua em parte
no chão
m_olhado
é face
dos sonhos vistos no vidro
espelho marcado
a margem
rasteira...
O olho jogado na terra
servida de vidro que chora
o brilho quebrado
naquela libido
mastigada no tremor das cordas
do som do teu seio
já quase tépido
sem amor (fugor).
E cada lençól manchado
mora emeado a sonhos
foste a mim, meu amor
sorrir e tomar
as cartas, em mãos.
em: 04.04.2005
de lua em parte
no chão
m_olhado
é face
dos sonhos vistos no vidro
espelho marcado
a margem
rasteira...
O olho jogado na terra
servida de vidro que chora
o brilho quebrado
naquela libido
mastigada no tremor das cordas
do som do teu seio
já quase tépido
sem amor (fugor).
E cada lençól manchado
mora emeado a sonhos
foste a mim, meu amor
sorrir e tomar
as cartas, em mãos.
em: 04.04.2005
Labirinto de vento
Cultivada
Minha e também tua
Essência de alma
Que a chuva molha
A lua cobre
O sol embraza em cinza.
No teu e meu labirinto de vento.
em: 20.02.2005
Minha e também tua
Essência de alma
Que a chuva molha
A lua cobre
O sol embraza em cinza.
No teu e meu labirinto de vento.
em: 20.02.2005
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